Notícias sobre Diabetes Tipo 1

Ilustração de família e médico
Saiba como cuidar do coração convivendo com diabetes

O controle contínuo dos níveis de glicose, pressão arterial e colesterol é primordial para evitar complicações no coração.

Publicado em 06/08/2025

A Associação Americana de Diabetes (ADA) destaca a importância de monitorar não só os níveis de glicose, mas também a pressão arterial e os lipídios no sangue para manter o coração saudável.

O diabetes está diretamente ligado ao coração através de problemas cardíacos e vasculares, como infarto e derrame. Por isso, o controle dessas condições é essencial para quem tem a doença.

Controle além da glicose

Por muitos anos, o foco do tratamento da doença foi o controle do açúcar no sangue. Contudo, com o avanço das pesquisas, hoje se sabe que controlar o colesterol, a pressão arterial e outros fatores relacionados ao sistema cardiovascular é igualmente importante, especialmente para pessoas com diabetes tipo 2 ou para quem vive há muito tempo com diabetes tipo 1.

Logo após o diagnóstico de diabetes, é fundamental realizar uma avaliação médica completa. O objetivo é identificar os fatores de risco para doenças cardíacas e vasculares e, assim, adotar um plano de cuidados que inclua, além do controle da glicose, o manejo da pressão arterial e do colesterol, o que muitas vezes envolve o uso de medicamentos.

Fatores de risco para problemas no coração
  • Níveis elevados de glicose (hiperglicemia)
  • Pressão alta (hipertensão)
  • Colesterol e lipídios anormais no sangue (dislipidemia)
  • Fumar ou usar tabaco
  • Excesso de peso, principalmente na região abdominal
  • Estilo de vida sedentário e dieta rica em calorias

Além disso, quem já tem doenças cardíacas tende a encontrar mais dificuldade para atingir as metas recomendadas de glicose, pressão e colesterol. Muitas vezes, essas barreiras incluem o acesso limitado a medicamentos, alimentação saudável e cuidados médicos adequados.

Complicações cardiovasculares

O diabetes acelera o surgimento de problemas cardíacos. A aterosclerose, por exemplo, é uma condição que afeta a circulação do sangue devido ao acúmulo de placas nas artérias, e tende a aparecer mais cedo e com maior gravidade em quem tem diabetes.

Doença coronariana: ocorre quando as artérias que levam sangue ao coração ficam bloqueadas, causando angina ou infarto.

Derrame: quando o fluxo de sangue para o cérebro é interrompido, pode ocorrer um derrame, levando a sequelas como dificuldades na fala ou coordenação.

Doença arterial periférica: afeta as artérias das pernas e braços, causando dores, dormência e formigamento.

Insuficiência cardíaca: o coração não consegue bombear sangue adequadamente, levando a falta de ar e inchaço nas pernas.

O que pode ser feito?

Para reduzir os riscos de complicações cardiovasculares, adotar hábitos saudáveis é essencial. Veja algumas dicas práticas:

  • Perder peso: reduzir de 5 a 10% do peso corporal, especialmente se o excesso de gordura estiver concentrado na região abdominal, pode melhorar a pressão arterial e os níveis de colesterol.
  • Alimentação saudável: uma dieta balanceada, rica em vegetais, grãos integrais e com baixo teor de gorduras saturadas e açúcares, ajuda a controlar a glicose e o colesterol. Dietas como a mediterrânea ou a DASH são boas opções.
  • Exercícios físicos: incorporar atividades regulares, como caminhadas, musculação e alongamentos, à rotina. O recomendado é pelo menos 150 minutos de exercícios aeróbicos por semana, distribuídos em três ou mais dias.
  • Parar de fumar: o tabagismo agrava os problemas cardiovasculares e deve ser evitado. Quem fuma deve buscar ajuda para parar, seja com apoio médico ou programas específicos.
  • Tomar medicamentos conforme indicado: é fundamental seguir as orientações médicas e usar os remédios prescritos, mesmo que isso signifique ajustar doses ou mudar de medicamento. Para quem tem diabetes, algumas classes de remédios, como os inibidores de SGLT‑2 e GLP‑1, podem oferecer benefícios extras para o coração.
Monitoramento contínuo

O controle contínuo dos níveis de glicose, pressão arterial e colesterol é primordial para evitar complicações. Consultar o médico regularmente e fazer exames de sangue para verificar o colesterol e os triglicerídeos ajudam a manter tudo sob controle.

Além disso, dependendo do risco cardiovascular, o uso de aspirina em baixa dosagem pode ser recomendado, mas isso deve ser discutido com o médico, já que o risco de sangramento pode ser maior do que os benefícios em alguns casos.

Ilustração conceitual de monitoramento
Novos avanços no monitoramento contínuo de glicose

Novos sensores e aplicativos tornam o acompanhamento da glicose mais fácil e preciso, ajudando pessoas com diabetes a ajustarem o tratamento em tempo real.

Publicado em 05/08/2025

O monitoramento contínuo de glicose (MCG) evoluiu de forma notável nos últimos anos. Novos dispositivos utilizam sensores menores e mais confortáveis, capazes de medir a glicose no líquido intersticial 24 horas por dia, transmitindo dados em tempo real para smartphones e bombas de insulina.

Os principais benefícios incluem:

  • Alertas imediatos: os sensores emitem alarmes quando a glicose está muito alta ou muito baixa, permitindo ajustes rápidos na alimentação ou no uso de insulina.
  • Menos picadas: os dispositivos reduzem a necessidade de testes frequentes com tiras e lancetas, melhorando a qualidade de vida.
  • Análise de tendências: aplicativos vinculados mostram gráficos e tendências, ajudando pacientes e profissionais de saúde a identificar padrões e ajustar o tratamento de maneira personalizada.
  • Compartilhamento de dados: os resultados podem ser compartilhados com familiares e equipes médicas, permitindo acompanhamento remoto.

Entre as novidades, estão sensores implantáveis de longa duração e sistemas que combinam inteligência artificial para prever hipoglicemia e hiperglicemia com base no comportamento do usuário. Essas tecnologias prometem maior segurança e autonomia para pessoas com diabetes tipo 1.

Apesar dos avanços, é importante lembrar que o MCG não elimina a necessidade de cuidados médicos regulares. A escolha e a adaptação do dispositivo devem ser discutidas com o endocrinologista, considerando o estilo de vida e as necessidades de cada pessoa.

Campanhas educativas
Campanhas educativas e diagnóstico precoce

Conscientização em escolas e redes sociais contribui para diagnósticos rápidos de diabetes tipo 1, reduzindo riscos de complicações.

Publicado em 28/07/2025

Profissionais de saúde e grupos de apoio enfatizam a importância de reconhecer sinais de hiperglicemia e hipoglicemia, ensinando pais e educadores a agir imediatamente diante de sintomas suspeitos.

Programas de educação em diabetes, oferecidos por organizações como o Instituto Diabetes Brasil, desempenham papel fundamental nessa orientação. Essas iniciativas incluem palestras, campanhas em redes sociais, parcerias com escolas e distribuição de materiais educativos que explicam, de maneira simples, como identificar e agir diante dos sintomas de diabetes em crianças e adolescentes.

Os esforços de conscientização também destacam a relevância do diagnóstico precoce para evitar complicações graves, como cetoacidose diabética. Ao reconhecer os sinais rapidamente, é possível iniciar o tratamento adequado mais cedo, garantindo melhor qualidade de vida e evitando internações de emergência.